A computação quântica sempre foi vista como algo distante, quase futurista. Porém, de 2022 para cá, esse cenário mudou rapidamente. O que antes era uma promessa limitada a laboratórios experimentais começou a se transformar em soluções aplicáveis, com empresas, universidades e governos entrando de vez na corrida quântica.
Mas afinal, o que aconteceu de tão importante nos últimos anos? É isso que você vai descobrir agora.
Google e o chip Willow
Em 2024, a Google apresentou o Willow, um processador com 105 qubits. O destaque aqui é a capacidade do chip de resolver em minutos problemas que levariam trilhões de anos para um supercomputador clássico. Além disso, a empresa conseguiu implementar um sistema de correção de erros quânticos mais eficiente do que qualquer outro já criado.
Microsoft e o Majorana 1
No início de 2025, a Microsoft apresentou seu próprio marco: o Majorana 1. Diferente de outras abordagens, ele utiliza qubits topológicos baseados em partículas de Majorana, oferecendo maior estabilidade e menor chance de erro. Embora ainda esteja em fase de testes, o potencial desse chip é enorme, podendo dar origem a máquinas com milhões de qubits no futuro.
IBM e o System Two
A IBM também fez história ao lançar, em 2023, o IBM Quantum System Two, que opera com até 156 qubits no chip Heron. A grande sacada aqui foi a modularidade: a empresa conseguiu conectar diferentes processadores com mínima perda de desempenho, permitindo que a escala da computação quântica cresça com mais facilidade.
Recorde mundial em precisão
Ainda em 2025, um grupo de cientistas alcançou um feito surpreendente: a menor taxa de erro já registrada em uma operação quântica, de apenas 0,000015 %. Isso foi feito usando íons aprisionados, e indica que os computadores quânticos estão ficando cada vez mais confiáveis.
Amazon entra na disputa com o chip Ocelot
A Amazon, por meio da AWS, apresentou seu primeiro protótipo de chip quântico, chamado Ocelot, também em 2025. A tecnologia é baseada em cat qubits, uma arquitetura inovadora que reduz drasticamente os erros — chegando a 90 % de melhora em comparação a modelos anteriores.
O mercado está crescendo
Os investimentos em computação quântica não param. Só em 2025, mais de 55 bilhões de dólares foram movimentados entre iniciativas públicas e privadas. A expectativa, segundo relatório da McKinsey, é que o mercado global de tecnologias quânticas atinja 100 bilhões de dólares até 2040.
Iniciativas como a Quantum Valley na Índia e o apoio de governos como o do Japão e da União Europeia mostram que a computação quântica deixou de ser uma aposta para se tornar uma prioridade estratégica.
Aplicacoes práticas começam a surgir
Não são apenas chips. Já existem aplicações práticas em desenvolvimento. Pesquisadores australianos, por exemplo, conseguiram usar algoritmos de aprendizado de máquina quânticos para otimizar projetos de chips tradicionais, com ganhos de até 20 % em eficiência.
Também estão sendo exploradas aplicações em áreas como logística, química, IA e simulações científicas. A tendência é que, nos próximos anos, setores como energia, finanças e farmacêutica comecem a integrar soluções quânticas aos seus processos.
A nova fase da computação
Se antes a computação quântica era um conceito experimental, hoje ela se encontra na fase de transição para a utilidade real. Os avanços em qubits, correção de erros, modularidade e aplicações práticas mostram que estamos muito próximos de ver o impacto quântico no dia a dia das empresas — e até mesmo das pessoas.
Nos próximos anos, devemos ver uma integração crescente entre a computação clássica e a quântica, criando um novo paradigma tecnológico. E, se os investimentos continuarem nesse ritmo, a chamada “era quântica” pode começar antes do que muitos imaginavam.
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