Desvendando o Linux - parte II

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Extensões do Linux


O Linux difere bastante do Windows. Neste temos que para um arquivo ser executável deve terminar com as extensões .msi, .exe, .com, etc. No Linux não importa muito a extensão, mas sim a permissão de que o arquivo possa ser executado.






Para quem quiser executar programas Windows no Linux, deverá instalar o Wine.

Entretanto, existem algumas extensões mais comuns de executáveis e pacotes no Linux. As mais comuns são .deb, .bin, .sh, .run, .rpm, sendo que .deb e .rpm são muito utilizadas como pacotes de instalação de algumas distros.

A .deb é comum nas distros oriundas do Debian, como é o caso do Ubuntu. Para executar um arquivo desta extensão, clique nele com o botão direito, escolha abrir com outro aplicativo, escolha Central de Programas do Ubuntu, isso quando o próprio Ubuntu não conduzir a execução do arquivo automaticamente para a Central de Programas ao ser clicado com o botão esquerdo do mouse.

A .sh pertencem a arquivos de shellscript. Para executá-lo, antes verifique clicando com o botão direito do mouse sobre o arquivo se em suas propriedades está setado permitir execução do arquivo como programa, caso afirmativo, é só clicar com o botão esquerdo do mouse para executá-lo.

A .run segue o mesmo procedimento da .sh, bastando apenas setar a propriedade de execução.

Como instalar programas no Linux via linha de comando


É necessário, antes de se instalar qualquer pacote ou programa no Linux ter-se acesso de administrador ou root para que isso seja possível. Em seguida, como as instalações serão via linha de comando, é necessário abrir um terminal onde digitar os comandos. Isso pode ser feito através do atalho CTRL+ALT+T ou selecionando a abertura através do menu gráfico no menu acessórios do Linux, ou digitando-se o nome Terminal na busca de aplicativos do Linux que utiliza a interface Unity.

O Linux possui dois tipos de prompts, um marcado pelo sinal $ e outro pelo sinal #. O prompt $ é o prompt de usuário comum, enquanto o prompt # é aquele que indica que quem está logado possui privilégios de superusuário, ou seja, de administrador, ou ainda root. Se algum comando estiver antecedido pelo símbolo # significa que tem que ser digitado por um usuário root.

[root@org/root]#            prompt de administrador

[usuario@org/]$             prompt de usuário comum sem acessos de root

O pacote .rpm




O pacote rpm (Redhat package manager), foi lançado pela distro Red Hat para instalação de programas. Seu conteúdo é de programas executáveis, scripts e regras de instalação. O Linux é sensível ao caso ou case sensitive o que significa que diferencia letras maiúsculas de minúsculas.

Além do Red Hat, as seguintes distribuições utilizam pacotes rpm: Fedora, Centos, Suse, Adios, Mandriva, Conectiva, Mandrake e Whiteboxlinux. O fato de utilizarem o mesmo tipo de pacote não garante a compatibilidade de funcionamento de um pacote do Mandriva instalado no Red Hat, por exemplo. Isso deve ser testado, conforme será visto abaixo.

Para instalar um pacote rpm proceda da seguinte forma:

rpm -i pacote.rpm

Para atualizar um pacote já instalado digite:

rpm -U pacote.rpm

Para remover um pacote já instalado digite:

rpm -e pacote (sem a extensão .rpm)

Para visualizar quais pacotes estão instalados:

rpm -qa

Para ver se determinado pacote está instalado digite:

rpm -qa | grep nome_do_pacote  (o nome do pacote pode ser digitado apenas parcialmente)

Para ver quais arquivos existem dentro de um pacote digite:

rpm -qlp pacote.rpm

Para obter informações sobre um pacote instalado digite:

rpm -qi pacote (sem .rpm)

Para obter informações sobre um pacote não instalado digite:

rpm -qip pacote.rpm

Para ver informações mais detalhadas de um pacote não instalado digite:

less pacote.rpm

Para instalar ou reinstalar um pacote quando se recebe a mensagem de que o pacote já está instalado, digite:

rpm -i --replacepkgs pacote.rpm            ou            rpm -U --replacepkgs pacote.rpm

Para instalar um pacote sem que o Linux verifique se existe espaço suficiente em disco digite:

rpm -i --ignoresize pacote.rpm (não é recomendado, pois o pacote pode ser instalado incompleto)

Para instalar um pacote sem a documentação digite:

rpm -i --excludedocs pacote.rpm

Para instalar um pacote sem verificar as dependências digite:

rpm -i --nodeps pacote.rpm (isso não é recomendado, pois o programa pode não funcionar corretamente)

Para instalar uma versão mais antiga de um pacote já instalado digite:

rpm -U --oldpackage pacote.rpm

Para testar se um pacote será instalado corretamente, atendendo a todas as dependências e sem conflitos com o sistema operacional digite:

rpm -i --test pacote.rpm

Para corrigir uma base de dados rpm corrompida pela constante instalação e desinstalação de programas, quando começa a apresentar mensagens de erro durante instalações ou desinstalações, digite:

rpm --rebuilddb

Para saber mais sobre os pacotes rpm digite:

# man rpm


O pacote .deb



Esse pacote é utilizado nas distros oriundas do Debian, notadamente no Ubuntu.

Utilizando o apt-get:

O sistema operacional utiliza um banco de dados para saber quais pacotes estão instalados, quais não estão  e quais dependências são necessárias à instalação de qualquer pacote. O aplicativo apt-get utiliza esse banco de dados.

Para atualizar esse banco de dados com as listas desses softwares diretamente dos repositórios indicados no arquivo /etc/apt/sources.list, e essa é uma tarefa que deve ser feita constantemente antes de se instalar qualquer pacote, para se obter as correções de segurança, digite:

apt-get update


Para instalar um pacote, baixando e instalando todas as suas dependências, digite:

apt-get install pacote

As seguinte opções estão disponíveis para esse comando:

- h ajuda

-d baixar arquivos sem instalá-los

-f conserta erros de instalação de pacotes

-s não agir, apenas simula operação

-y assume sim para todas as perguntas feitas durante a instalação

-u mostra também os pacotes que serão atualizados durante a instalação

Múltiplos pacotes podem ser especificados na linha de comando do apt-get. Os arquivos baixados são colocados pelo Linux na pasta /var/cache/apt/archives/ para serem instalados depois.

Para especificar pacotes a incluir e a excluir do sistema digite um sinal de "-" após o nome do pacote:

apt-get install pacote1 pacote2-  (pacote1 será instalado e pacote2 removido)

Caso haja danos nos pacotes de instalação ou se deseje que o pacote seja atualizado com a versão mais recente, digite:

apt-get --reinstall install pacote

Para remover pacotes do sistema, removendo também todas as dependências do pacote, deixando intactos seus arquivos de configuração, digite:

apt-get remove pacote

Para remover pacotes do sistema, removendo também todas as dependências do pacote e também seus arquivos de configuração, digite:

apt-get --purge remove pacote

Durante a remoção dos pacotes, observe os asteriscos à frente de alguns pacotes, indicando que seus arquivos de configuração serão removidos.

Para instalar pacotes utilizando a opção remove e o sinal de "+" à frente do pacote a ser instalado, digite:

apt-get --purge remove pacote1 pacote2+   (pacote1 será removido e pacote2 instalado)

Para atualizar todos os pacotes desatualizados no sistema digite:

apt-get -u upgrade  (-u mostra os pacotes atualizados, evitando uma atualização no escuro)

Para atualizar a versão de uma distribuição Linux com um único comando a partir do repositório, digite:

apt-get -u dist-upgrade

Caso esteja atualizando a partir de um CD digite antes desse comando:

apt-cdrom

Entretanto, se a versão do CD/DVD for mais antiga que a do repositório, o sistema tenderá a buscar a versão do repositório.

Durante uma atualização pode ocorrer que um pacote permaneça desatualizado, apresentando a mensagem "kept back" durante a atualização. Neste caso, para diagnosticar o motivo de tal problema, digita-se:

apt-get -o Debug::pkgProblemResolver=yes dist-upgrade

Com o passar do tempo o repositório local pode se tornar muito grande e conter apontamentos para arquivos que não estão mais disponíveis. Para remover tais pacotes há duas formas, (1) remove tudo exceto os arquivos de lock dos diretórios /var/cache/apt/archives/ e /var/cache/apt/archives/partial/, desta forma, ao reinstalar alguns pacotes, o apt-get irá buscar novamente pelos pacotes a serem instalados, (2) remove apenas os pacotes que não podem mais ser abaixados.

(1) apt-get clean

(2) apt-get autoclean


sudo do-release-upgrade

Este comando procura por uma nova versão ou release do Ubuntu e a instala de forma limpa, sem fazer update de versão. Isso elimina uma série de problemas que ocorrem durante as instalações de versão feitas  por cima da anterior.


Antes de ler esta postagem consulte a postagem anterior

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